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terça-feira, 31 de março de 2015

Movimento "Libertem o mamilo" torna-se viral após caso de jovem islandesa

A 'hashtag' #FreeTheNipple visa retirar a carga sexual atribuída por muitas culturas aos mamilos femininos. E tem cada vez mais participantes nas redes sociais, como o Twitter.
A "revolução", como há quem lhe chame, começou na Islândia, após uma jovem de 17 anos ter sido criticada no Twitter por participar numa campanha que defende que não deveria haver qualquer diferença entre a imagem de um rapaz em tronco nu e a de uma rapariga. Após o seu caso, a 'hashtag' #FreeTheNipple tornou-se viral e o Twitter está hoje cheio de fotos de mulheres a mostrarem os seus mamilos.

Adda Þóreyjardóttir Smáradóttir, a referida estudante de 17 anos e presidente do grupo feminista da Faculdade Comercial da Islândia, decidiu lançar na sua universidade o dia "Free The Nipple" (Libertem o Mamilo) para o dia 26 de março.
A ideia insere-se num movimento pela igualdade que pretende alterar mentalidades, de forma a retirar carga erótica ao peito feminino e que possibilite, por exemplo ações como a amamentação em público, que é proibida em muitos países do mundo - incluindo 35 estados dos EUA. A cantora Miley Cyrus é uma das figuras públicas que apoia a campanha.
Naquela faculdade islandesa, conta o jornal britânico Independent, a iniciativa foi criticada por alguns, designadamente por um rapaz que publicou no Twitter uma foto sua em tronco nu argumentando que se fosse assim para as aulas seria mal recebido.
Adda não se ficou. Tentando argumentar que não era isso que estava em causa, publicou na mesma rede social uma imagem dos seus mamilos. Foi o suficiente para que muitos internautas a começassem a ridicularizar.
E para que muitas mulheres se juntassem à causa, publicando imagens suas em topless, ou de alguma forma, com os mamilos visíveis. Sempre com a 'hashtag' #FreeTheNipple.


Adda admite que teve de apagar a sua foto - o Twitter e o Facebook tendem a censurar quaisquer imagens que mostrem mamilos femininos - mas elogia: "Foi o suficiente para começar a revolução", escreveu no Facebook, em Islandês.
O movimento está a correr vários países do mundo, ainda que tenha particular incidência no norte da Europa. E encontra apoiantes de várias idades:
Até porque, como diz bem-humorada esta internauta, somos todos os mesmos, só que com diferentes cores..
Este é mais um caso em que se tenta utilizar o poder das redes sociais para mudar mentalidades. Neste mesmo género de ação, a humorista americana Chelsea Handler chegou mesmo a entrar numa guerra de palavras com o Twitter por este ter censurado uma foto sua em que imitava Vladimir Putin a montar a cavalo em tronco nu.
A imagem do presidente russo correu mundo, enquanto a sua foi censurada.
"Se um homem publica uma foto dos seus mamilos, está tudo bem, mas uma mulher não pode? Estamos em 1825?", escreveu então a humorista.

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